O delegado André Diefenbach, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, que tem realizado operações para combater a pichação na cidade, indiciou ontem seis jovens pelo crime ambiental. Cinco delas têm 23 anos, e uma, 22. Elas foram flagradas pela Brigada Militar em fevereiro deste ano quando pichavam três casas e uma igreja ao longo da Rua Daudt, no bairro Passo D'Areia.
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Depois de serem detidas, as seis foram encaminhadas até a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), onde foi registrada a ocorrência, e liberadas. Desde então, a investigação estava em andamento. A pena prevista para o crime de pichação é de três meses a um ano de prisão, no entanto, pode ser revertida em prestação de serviços à comunidade.
Seis jovens são indiciadas por pichação em Santa Maria
A sociedade deixou de prestar atenção na educação dos jovens e se tornou tolerante aos pequenos delitos. Com a tolerância ao pequeno, o médio perde importância e, assim, sucessivamente. Chegou a hora de dizermos não, pichadores são criminosos, não são artistas, são vândalos ressalta Diefenbach.
Lei Antipichação
Como o flagrante das seis jovens foi em fevereiro, elas não vão ser multadas pela lei municipal antipichação, aprovada em julho, que prevê multa de R$ 2,7 mil quando alguém for pego pichando pela primeira vez. Se for reincidente, a multa passa para R$ 5,7 mil. Mas as seis jovens vão pagar R$ 100 cada, que é o valor previsto na lei que vigorava à época.
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Conforme levantamento feito pela Rádio Gaúcha SM, após quase três meses da nova lei, a Guarda Municipal, pelo número 153, exclusivo para denúncias sobre pichação, recebeu 23 chamados nove pichadores foram detidos em flagrante. Com isso, o valor a ser recebido pela prefeitura deve ser de R$ 24,3 mil. Caso na paguem, os devedores entrarão em dívida ativa com o município e terão seus nomes inseridos em serviços de restrição ao crédito.
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A lei municipal veio nessa esteira. Vereadores, como representantes da sociedade, disseram: "Ei, pichadores, não queremos que sujem nossa cidade, queremos que paguem por isso". E é assim que a sociedade deve agir contra o crime, com intolerância" reforça o delegado.